quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mês do Rock (parte 1)

(por @lu_mi_la)


1957 – Elvis Presley – Jailhouse Rock
     
     A alcunha de ‘rei do rock’ faz Elvis Presley dispensar apresentações. Conhecido tanto pela poderosa voz, que possuía uma extensão impressionante e rara nos cantores populares, quanto pela sua dança extravagante, que lhe valeu o apelido de Elvis the Pelvis, Presley foi um dos primeiros expoentes do rock’n’roll e também um dos criadores do rockabilly, primeira vertente do gênero recém-nascido.
     Numa época de extremo conservadorismo, em que o rock era, exclusivamente, música de negros, Elvis venceu os preconceitos e a polêmica e despontou entre os maiores nomes da música popular americana e como o maior hitmaker da história da música.
    Jailhouse Rock foi, além de canção homônima de um filme estrelado pelo cantor, uma das mais expressivas músicas de Elvis Presley. Lançada em 1957, imediatamente tornou-se um hit e, hoje, ocupa o 67º lugar entre as 500 maiores canções de todos os tempos da Rolling Stone e integra a lista das 500 canções que abalaram o rock’n’roll, do The Rock and Roll Hall of Fame.






1958 – Chuck Berry – Johnny B. Goode


     Apontado por muitos como um dos ‘pais’ do rock’n’roll, Chuck Berry inspirou diversas gerações de roqueiros, sobretudo os que fizeram parte da British Invasion da década de 60. Ele gravou mais de 30 canções que integraram a lista dos Top Ten nos Estados Unidos e, entre seus clássicos, estão Roll Over Beethoven e Sweet Little Sixteen, regravadas por muitos e muitos artistas predecessores.
     Johnny B. Goode, de 1958, tornou-se uma das mais populares canções da década de 50. Seu solo de abertura é um dos mais famosos da história do rock’n’roll e a canção ganhou versões cover de diversos grandes nomes do gênero, como o AC/DC, The Beatles e Aerosmith. Em 2008, Johnny B. Goode foi considerada, pela revista Rolling Stone, o primeiro lugar na lista das 100 maiores canções de guitarra de todos os tempos e a Guitar World deu-lhe o 12º lugar na categoria dos 100 maiores solos de guitarra.




1963 – The Beatles – I Want to Hold Your Hand


     Escolher as canções mais expressivas dos Beatles é, certamente, uma missão difícil. São dezenas de músicas tidas como revolucionárias no repertório desta que, até hoje, é considerada a maior banda de todos os tempos. O quarteto de Liverpool promoveu mudanças não apenas na forma de se fazer o rock, mas na mentalidade da juventude da década de 60 e no que dizia respeito à liberdade criativa. Os Beatles foram a mola motriz para a invasão britânica do rock’n’roll, ritmo americano que havia contagiado os ingleses, sedentos de novidade em seu cenário musical.
     I Want to Hold Your Hand, single de 1963, é uma canção de harmonia simples, porém contagiante. Foi considerada o marco 0 da beatlemania nos Estados Unidos por ter sido a primeira canção dos ingleses a alcançar o primeiro lugar na Billboard. Tocada pelos Beatles, em sua primeira visita à terra do Tio Sam, na antológica apresentação no The Ed Sullivan Show, quebrou recordes de audiência e levou o público à loucura.





1965 – Bob Dylan – Like a Rolling Stone


     Bob Dylan é considerado uma lenda viva do rock’n’roll. Consagrado pela folk music, este americano de Minnesota influenciou diretamente grandes nomes da música nas décadas de 60 e 70 e é tido, hoje, como o segundo maior artista de todos os tempos (Rolling Stone), perdendo apenas para os Beatles. Do folk ao gospel, Dylan foi o responsável por diversas das canções mais influentes do rock, como Blowin’ in the Wind, Mr. Tambourine Man e Knocking on Heaven’s Door.
     Like a Rolling Stone é uma das mais famosas e representativas canções de Bob Dylan. Com mais de seis minutos de duração, o que, para a época, era inovador e ousado, com uma letra extensa e reflexiva, foi considerada, em 2004, pela Rolling Stone, a maior canção de todos os tempos, com a declaração de que “nenhuma outra canção pop confrontou e transformou tão completamente as regras comerciais e as convenções artísticas da sua época”. Além de ter sido reinterpretada várias vezes pelo próprio Dylan junto a artistas como os Rolling Stones, Like a Rolling Stone também ganhou versões covers de diversos roqueiros, como os próprios Stones, Jimi Hendrix e B.B. King.






1965 – The Rolling Stones – (I Can’t Get No) Satisfacion


     Os Rolling Stones são uma das mais antigas bandas ainda em atividade. No mundo da música desde 1962, calcaram sua sonoridade no blues e foram considerados, junto aos Beatles, como a mais importante banda da British Invasion, que levou o rock inglês aos Estados Unidos e foi responsável por revoluções nas atitudes da juventude. Com diversos sucessos emplacados, ao exemplo de Sympathy for the Devil, Angie e Wild Horses, os Stones derrubaram polêmicas, preconceitos e diversos entraves (como as drogas e disputas internas de ego) ao longo das décadas e, hoje, alcançaram o título e o legado de estarem entre as mais populares bandas de rock’n’roll.
     Satisfaction, de 1965, foi um grande sucesso da banda. Cerceada de polêmica, pelo apelo sexual em sua letra, foi a primeira canção do grupo a alcançar o primeiro lugar nas paradas americanas. No Reino Unido, foi a quarta primeira posição dos Stones. Em 2004, recebeu da Rolling Stone o segundo lugar na lista das 500 maiores canções de todos os tempos.






1965 – The Who – My Generation


     A irreverente The Who fez parte da invasão britânica da década de 60. Famosos pelo dinamismo em suas apresentações, pelo pioneirismo em muitos estilos, sobretudo na ópera rock, e pela destruição dos instrumentos musicais após cada apresentação, The Who fez história no rock’n’roll e também integra a constelação das maiores bandas de todos os tempos.
    My Generation, do álbum de estréia homônimo, consta não apenas como das mais reconhecidas canções do grupo, mas como um hino, uma das mais destiladas declarações de rebeldia juvenil. O gaguejar do vocalista Roger Daltrey e a frase ‘I hope I die before I get old’ viraram marca registrada da banda. Na lista da revista Rolling Stone, My Generation ocupa o 11º lugar na lista das 500 maiores canções de todos os tempos, além de integrar também a lista das 500 canções que marcaram o rock’n’roll do The Rock and Roll Hall of Fame.






1966 – The Beach Boys – Wouldn’it be Nice?


     Responsáveis por uma das obras primas da música pop, o álbum Pet Sounds, os californianos do Beach Boys foram uma resposta ou uma tentativa de rivalizar a onda britânica que invadia os Estados Unidos. A marca registrada da banda era a surf music dos seus primeiros anos de atividade, com harmoniosos arranjos vocais e uma levada bastante up. Apesar da turbulência que o grupo enfrentou durante sua existência, como, por exemplo, problemas relacionados à banda, o afastamento do vocalista Brian Wilson após o Pet Sounds e as mortes de dois dos integrantes originais, os Beach Boys legaram à música pop alguns dos primeiros traços de psicodelismo que vieram a se tornar matriz das canções de toda uma década.
     Wouldn’t it be Nice é o cartão de visitas do Pet Sounds, álbum inspirado pela vontade de Brian Wilson em quebrar paradigmas e rivalizar diretamente com o Rubber Soul, dos Beatles. Com uma melodia bastante ingênua, a música fala sobre a frustração das limitações de ser jovem e, tão logo foi lançada, tornou-se sucesso imediato e, por ser uma das mais populares canções do grupo, alcançou sucesso em todas as suas reedições. O álbum Pet Sounds, devido a seu caráter inovador e ousado, foi inspiração direta para o Sgt. Pepper’s, dos Beatles, e responsável por uma revolução na forma de fazer música.








1967 – Steppenwolf – Born to be Wild


     Com uma história permeada de idas e vindas e muitas mudanças de formação, o Steppenwolf carrega o legado de ter composto um dos maiores hinos do gênero rock e de ter inaugurado, ou impulsionar a criação, de uma das vertentes mais prolíferas e revolucionárias do rock: o heavy metal.
     Com um riff clássico e tida como um hino dos motociclistas e roqueiros do fim da década de 60, Born to be Wild foi a canção tema do filme Easy Rider e guinou o Steppenwolf para a fama mundial. Além disso, foi nessa música que o termo heavy metal foi mencionado pela primeira vez associado ao rock. Para muitos críticos, Born to be Wild foi a primeira canção de heavy metal da história.






1967 – The Doors – Light my Fire


     Talvez a polêmica e os escândalos envolvendo o líder da banda, Jim Morrison, tenham sido dois dos fatores determinantes para a fama do The Doors. Mas nada ofusca o caráter legendário ao redor do grupo, que aliou os clássicos blues e jazz a ritmos alternativos e criou uma marca registrada, para a qual a poderosa voz de Jim Morrison foi o referendo. Curiosamente, o interesse do público pela banda elevou-se mais ainda com a sua dissolução, em 1972, após a misteriosa morte de Morrison, e, anualmente, os Doors vendem dois milhões de álbuns e consolidaram canções como Riders on the Storm e People Are Stranger.
     Light My Fire é a canção título do primeiro álbum dos Doors. Composta pelo guitarrista Robby Krieger e por Morrison, durava, originalmente, 6 minutos, mas foi encurtada sob ordens do empresário da banda. Tornou-se um hit, conduzindo os Doors para a fama e firmando posto como um dos hinos da geração do fim da década.





1968 – The Beatles – Helter Skelter


     Paul McCartney ouviu, no rádio, Peter Townshend referindo-se à canção I Can See for Miles como a mais suja e barulhenta que o Who já havia feito. Não a julgou suja o suficiente e decidiu compor aquela que viria a ser considerada uma das primeiras canções de heavy metal/hard rock da história, Helter Skelter. A música dividiu a crítica, mas agradou a maior parte dos fãs. Recebeu versões cover de bandas como o U2 e o Aerosmith e foi considerada, pela revista Q Magazine, a 5ª melhor canção na lista das 100 maiores músicas de guitarra.




4 comentários:

A lista é muito boa,The Pelvis era tão escandaloso que no programa do Ed Sullivan cantando e sendo filmado da cintura pra cima, Chuck Berry e a dança do pato acho o máximo esse cara,gostei da lista mas faltou o cream e os kinks, que tiveram importancia ma criação da psicodelia e do hard rock, Born to be wild foi a primeira vez que se ouvia a palavra heavy metal:"heavy metal thunder", essa frase é muito boa de cantar, acho que o rock não deve perder esse toque de rebeldia que é vital para o estilo, o rock sempre foi o filho rebelde o ovelha negra entre os ritmos isso ta na essencia, por isso que digo happy rock não existe rsrsrsrsrrs!feliz dia do Rock a tds!!!Stay rocks!!

É apenas a primeira parte de uma lista imeeeeeeeeensa. Pode esperar!

Blog muito bacana! Post muito paulera! Já no aguardo da próxima sessão da lista! \m/

Faltou mencionar, dentre os revisitadores de "Johnny B. Goode", o Peter Tosh, euaeahuaeu. Sério, conheci a música nessa configuração, antes de saber que existiu Chuck Berry. Mas gostei bastante da lista, afinal, os primórdios do roque são um dos vários conhecimentos em que sou analfa.

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